7 de out. de 2016

Nossa campanha foi de resistência. A luta continua

Plenária de lançamento da candidatura Battisti prefeito,
com a presença do presidente estadual do PT,
Claudio Vignatti.
Em primeiro lugar agradeço aos 3.995 eleitores de São José que votaram em nossa candidatura a prefeito. Meu agradecimento também aos nossos candidatos e candidatas a vereador (a) que se dispuseram a disputar uma vaga na Câmara Municipal, mesmo enfrentando um difícil cenário eleitoral. Agradecer ainda aos petistas que arregaçaram as mangas e fizeram uma campanha militante, voluntária e generosa em defesa de uma plataforma popular. Agradecer o apoio de lideranças petistas, deputados e dirigentes, que nos prestaram solidariedade e ajuda.
Meu muito obrigado especial à minha companheira de chapa, Dona Ivone, que aceitou a tarefa de ser vice numa circunstância inesperada e assumiu tal posição na medida de todas as suas possibilidades.

Battisti, candidato a prefeito, discursa ao lado da
candidata a vice, Dona Ivone.
Temos consciência de que o resultado da votação do Partido dos Trabalhadores de São José está inserido num contexto geral, bastante preocupante para a sigla em nível nacional. Isso nos alerta para o fato de que precisamos urgentemente fazer uma avaliação e mudar os rumos do Partido. Em São José, entretanto, temos a convicção que nossa candidatura a prefeito, mesmo com a votação obtida, é o que vai permitir a continuidade do PT e a possibilidade de sua retomada no município.

A política de conciliação e a construção de alianças sem legitimidade nos últimos 13 anos fez com que determinadas lideranças do PT josefense, como Círio Vandresen e alguns outros, tratassem o Partido dos Trabalhadores como uma sublegenda de aluguel para as candidaturas das velhas raposas locais. Isso ficou explícito quando ocorreu uma tentativa de golpe interno, no dia da convenção partidária, traduzido na retirada do Partido da disputa para a prefeitura, cujo candidato era o próprio Círio. A real intenção da manobra em curso acabou se revelando em seguida: ocorreria o apoio ao candidato do senador golpista Dário Berger, do PMDB. Minha candidatura a prefeito, apoiada pela grande maioria dos filiados e pela direção estadual, barrou esse ação espúria, ainda que sabíamos não seria fácil fazer uma campanha para prefeito sem uma preparação adequada.

A prefeita reeleita, Adeliana Dal Pont, ainda que tenha assegurado a vitória eleitoral, obteve 28,29% dos votos do eleitorado. As abstenções, os votos nulos e brancos somaram 37,83% em 2 de outubro de 2016 em São José, o que significa que o "voto em ninguém" foi 10% superior ao da candidata do PSD.

Nossa tarefa agora é formar uma nova direção partidária no município tendo como base aqueles que estiveram unidos em torno de nossa candidatura a prefeito e a de vereadores. Sabemos que os trabalhadores e os jovens de São José, assim como a maioria do povo brasileiro, não aceitam a regressão de direitos proposta pelo governo usurpador e ilegítimo de Michel Temer e que consequentemente será apoiada pelos prefeitos aliados. Nosso papel é o de reconectar o Partido com as lutas sociais, com a defesa dos empregos, dos salários, dos direitos trabalhistas e previdenciários, dos serviços públicos, em defesa de nossas empresas estatais, da moradia digna. Atuaremos para colocar o PT em sintonia com o desejo da sociedade por uma Reforma Política verdadeira, retomando a luta pela convocação de uma Constituinte Soberana, capaz de criar instituições políticas verdadeiramente representativas da vontade popular.

Em São José o PT deverá cumprir seu papel de oposição ao governo de Adeliana. Vamos dialogar com a parcela de eleitores que rejeitaram votar pela continuidade da atual administração ao mesmo tempo em que atuaremos para impedir medidas de retrocesso social.

Continuar na luta para fazer política de outro jeito. Assim será a nossa jornada.

Antônio BATTISTI, candidato a prefeito no pleito de 2016 pelo Partido dos Trabalhadores de São José

Candidatos a vereador e vereadora do PT de São José.



28 de set. de 2016

Falta de uma sede própria da USJ abre a possibilidade para a extinção da Instituição

Placa em frente a obra anunciando a construção do Colégio de
Aplicação. Prédio também serviria como sede da
USJ, mas, posteriormente, passou a ser utilizado
como a sede da prefeitura
Diante do cancelamento do debate que seria realizado pela USJ entre os candidatos a prefeitura de São José, Antonio Battisti mais uma vez posiciona-se abertamente e em defesa da Instituição. Ao exercer três mandatos de vereador no município, Battisti carrega um histórico de luta em apoio às reivindicações da Universidade Municipal de São José. Foi contra a transferência da prefeitura para o prédio que abrigaria a Instituição, o que caracterizou um desvio de finalidade dos recursos. A utilização do valor obtido com a venda da antiga sede do Executivo ainda carece de explicações por parte da atual administração municipal.



Como você analisa a nova política educacional do país e o futuro da UJS?
Battisti.: Há várias medidas que irão piorar a situação do ensino público, incluindo as universidades. Todo cuidado é pouco quando vemos o governo federal do presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) anunciar cortes de verbas e ações de desincentivo ao ensino superior público. Quantos dos candidatos a prefeito em São José estão ligados a Temer e seu projeto de regressão nos gastos sociais com educação? Natal, Adeliana e Marcondes fazem parte do grupo em torno de Temer. Então, quem garante que não vão fazer uma administração que encare a Universidade Municipal de São José (USJ) como gasto social desnecessário? Se olharmos pelas atitudes de Temer em relação à educação universitária pública do país há muito sentido em recear que seus aliados locais passem a agir do mesmo modo em relação à nossa universidade municipal. O que dizer do projeto de lei do PSDB que trata da Escola Sem Partido ou da recente (contra) reforma do ensino médio, traduzida na Medida Provisória 746/16?

Quais os principais problemas que a USJ está enfrentando atualmente?
Battisti.: A USJ continua a conviver com um grande problema que é a falta de uma sede própria para funcionar adequadamente. Por exemplo, as salas de aula da USJ estão improvisadas, enquanto a administração da Instituição funciona em salas alugadas fora do Colégio. Quero lembrar que apoiei, enquanto vereador até o ano de 2012, todas as iniciativas da associação dos professores da USJ e das entidades estudantis que representaram junto ao Ministério Público Federal e ao MEC denunciando o desvio de finalidade da verba do Fundeb. Os recursos, na ordem de R$ 16 milhões, foram utilizados para a construção da sede do Colégio Estadual de Aplicação e da USJ, porém, o prédio foi usado indevidamente para instalação da Prefeitura. No Patrimônio da União, acompanhei a reunião onde foi cobrada a falta de autorização para instalação da prefeitura no prédio destinado à USJ e ao Colégio Municipal de Aplicação, com solicitação de embargo da invasão irregular do prefeito à época. Votei contra o projeto de lei que autorizou a venda da sede da prefeitura, na época, construída há apenas 12 anos, o que considerei uma usurpação de um espaço que era destinado à educação pública. Falo isso, pois há muitos candidatos de vários partidos que hoje falam da USJ, mas antes de tudo deveriam dizer o que defenderam quando a sede da Instituição foi transferida para a prefeitura. Outra pergunta: onde foram parar os R$ 5 milhões com a venda da sede antiga da prefeitura?

E a respeito do local onde a USJ deveria ser instalada?
Battisti.: Uma coisa é mais que certa: a USJ precisa de um espaço próprio para funcionar. Precisa ter uma biblioteca condizente, com a administração integrada fisicamente ao campus. Sobre onde deve ser esse espaço é o caso de abrir uma discussão com a própria comunidade acadêmica, apontando a localização mais conveniente. Jamais poderá ser em local alugado, e muito menos poderá ser transferida para uma universidade privada. Ocorre que a atual administração da Adelina e Natal, não tomou qualquer medida para resgatar o dinheiro que saiu do orçamento, contrariando a Lei do Fundeb. Se assim tivesse feito, teria no mínimo R$ 16 milhões para utilizar com o Colégio de Aplicação, que também abrigaria as instalações da USJ e seus gestores. É preciso retomar essa pauta. Agora, para quem está na prefeitura isso não interessa. A sede própria é estratégica para quem defende a Universidade Municipal de São José, para quem defende o ensino público em nosso país.  A falta da sede própria abre portas para que qualquer aventureiro venha com uma proposta de extinção da Instituição.

Candidato Battisti, qual o seu compromisso com a Universidade?

Battisti.: Continuarei dando meu integral apoio ao fortalecimento da USJ e a sua permanência como uma conquista do povo josenfense. Aqueles que defendam que a USJ fique sem uma sede própria, adequada, certamente não compreendem a importância da educação para a promoção da cidadania.

27 de set. de 2016

Os direitos dos trabalhadores estão ameaçados

Antonio Battisti conversou com funcionários da agência dos Correios de São José, expondo o risco eminente de privatização da estatal, além do arrocho salarial e da precarização das condições de trabalho.


Os direitos dos trabalhadores estão ameaçados.
É preciso pensar nisso quando votar para prefeito no dia 2 de outubro

Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios,


Arrocho salarial, retirada de direitos e privatização é a política do governo ilegítimo de Michel Temer e da maioria golpista do Congresso Nacional.

O aperto salarial nos correios já começou. O parcelamento de pagamento da inflação na data-base deste ano é uma demonstração disso. Numa inflação de quase 10%, 6% serão pagos agora e 3% apenas em fevereiro do ao que vem.

Além disso, há o risco da ECT ser privatizada, ocorrendo o consequente enxugamento do quadro de pessoal com demissões e a precarização nas condições de trabalho. É a política dos golpistas: jogar nas costas dos trabalhadores o arrocho e acenar para o setor do capital a entrega do patrimônio público e da soberania nacional.

É por isso que não podemos aceitar esse governo usurpador a serviço das oligarquias empresariais e financeiras, que só visa enriquecer ainda mais uns poucos milionários. 

Precisamos derrotar Temer nas ruas e nas urnas, e desde já devemos estar juntos nesta jornada nacional convocada pelas Centrais Sindicais para combater a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.  

Dia 2 de outubro, dia da eleição municipal, é uma oportunidade de votar contra os candidatos de Temer em São José. As candidaturas de Adeliana (PSD), Natal (PMDB) e Marcondes (PSDB) estão ligadas a Temer e sua política. Todos eles falam em melhorar São José, mas estão de acordo com Temer em piorar a vida do trabalhador e da juventude em todo o país, concordando, por exemplo, em congelar por 20 anos os recursos para saúde e educação.

Fazer Política de outro jeito, é com Battisti prefeito e Dona Ivone vice, juntamente com nossos candidatos a vereador e vereadora. Declaramos que defendemos a ECT como empresa estatal, assim como as condições salariais e de trabalho dos funcionários dos Correios.  Temos também o compromisso pelo Fora Temer, eleições diretas para presidente e deputados exclusivamente eleitos para uma Constituinte que faça uma verdadeira reforma política e acabe com o atual sistema corrompido em vigor.