15 de jun. de 2012

Djalma Berger começa a instalar prefeitura no prédio da USJ

Desrespeito com a educação

O prefeito Djalma Berger anunciou pelos jornais que começou a transferência da Prefeitura para o prédio do Colégio de Aplicação/USJ da Beira-Mar. Nesta semana, segundo a imprensa, estarão sendo alocadas a Procuradoria Geral do Município e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Até o final do mês toda a Administração, inclusive o gabinete do prefeito, estará instalada no prédio do Colégio de Aplicação.

É uma situação revoltante. Foram gastos milhões de verbas federal e estadual da educação para construir as instalações de um Colégio de Aplicação e abrigar a universidade para agora serem desviados dos seus fins e acabar servindo à burocracia do município. Que o município precisa de órgãos administrativos é evidente. O que não é evidente são as razões pelas quais o prefeito vendeu por 14 milhões de reais as instalações da prefeitura e por que este dinheiro não foi aplicado para comprar outro imóvel, ao invés de se apropriar indevidamente de um prédio projetado para acolher atividades educacionais de grande relevância para o nossa cidade. 

Prefeito enviou projeto para comprar vagas na Univali

A mais recente cartada do prefeito contra a USJ foi ter enviado à Câmara o Projeto de Lei 006/2012, que acrescenta ao artigo 3, da lei ordinária 2.920 de 1996, que doa terras públicas à UNIVALI, o seguinte parágrafo único:

"Parágrafo Único - Não se considera desvio de finalidade a locação de espaços constantes do imóvel doado quando os frutos desta locação forem aplicados para ampliação ou manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão Universitária no Município de São José". 

A Prefeitura, no ano de 1996, doou 140 mil metros quadrados à Univali, que utilizou um pouco mais de 40 mil metros quadrados, deixando 95 mil metros todo este tempo abandonado. O fato da Univali não estar utilizando o imóvel obrigaria a prefeitura a insistir na sua devolução, conforme Ação Judicial já impetrada pela Procuradoria do Município, de acordo com o que prevê a Lei 2.920. Mas, ao invés disso, o prefeito Djalma Berger, com este Projeto 006/2012, pareceu querer mais que anistiar, premiar a Univali com mais dinheiro público. A Univali não só não utiliza a totalidade do terreno doado, como fechou os cursos que funcionavam na parte que ela ocupava. Além disso, a Univali hipotecou indevidamente a área total ao banco Santander, que é quem pode acabar finalmente como proprietário do patrimônio público. 

Felizmente, este projeto foi arquivado pela Comissão de Constituição e Justiça, por julgá-lo inconstitucional. No entanto, é preciso ficar de olho contra novas investidas desta natureza por parte do Poder Executivo.

Para a comunidade acadêmica da USJ se locomover até onde ficam hoje as instalações da Univali, é um problema. No entanto, existe uma questão muito mais preocupante na proposta do prefeito: o fato da USJ ser "embutida"  - com custos adicionais inexplicáveis - na estrutura da Univali, isso, com o tempo, pode virar um álibi para justificar sua extinção por incorporação à própria Univali. 

Vamos recorrer ao Ministério da Educação e ao Ministério Público

Nosso mandato não vai aceitar esta situação toda de desrespeito com a educação pública. Não é possível abandonar a ideia do Colégio de Aplicação e nem de dar à USJ instalações decentes para seu funcionamento. Não se pode mais conviver com uma universidade nômade, jogada daqui pra lá, porque um Prefeito resolveu ter o seu "castelo" administrativo justamente aonde estava sendo construída a sede desta universidade. Vamos exigir do Ministério da Educação uma posição e veremos os meios de acionar o Ministério Público. Nos colocamos à disposição da comunidade universitária da USJ para estudarmos juntos medidas políticas e judiciais neste sentido.

13 de jun. de 2012

Reunião discute soluções para problemas na Presidente Kennedy



No último dia 23 de maio, realizamos na Câmara de Vereadores, uma reunião com o Secretário de Projetos Especiais, Aurélio Remor e o engenheiro Ivan, para buscar uma solução para os alagamentos em Campinas e Kobrasol, ciclovia, estacionamentos e outros assuntos relativos às obras na Avenida Presidente Kennedy. Estavam presentes cerca de 30 comerciantes e síndicos da região. 
“Nossa preocupação é que a ‘revitalização’ da Avenida não contemple obras de drenagem capazes de porem fim às constantes inundações”, declarou o vereador Antonio Battisti. “Além disso, tem a questão dos estacionamentos, uma vez que a prefeitura intenciona criar a Zona Azul na região”. 
Como deliberação desta reunião ficou estabelecida uma reunião de retorno, quando os engenheiros da prefeitura trarão respostas às reivindicações da comunidade. 
Esta reunião é aberta a todos os interessados e será dia 14 de junho (quinta-feira), às 19 horas, na Câmara de Vereadores.